Em dezembro de 2011 recebi um convite do Sérgio Miranda (@saam) da Macmais para escrever a sessão Mais ou menos da edição 67 da revista. Com ilustração de Hugo Paiva, veja como ficou a matéria :
Um lugar à Sombra
O futuro já chegou lá fora, mas por aqui, ainda não vai dar
Quando nosso saudoso CEO retornou à empresa que criara, um de seus primeiros sucessos foi o iMac. Este lançamento trouxe o “i” (de internet) aos produtos criados por Jobs e sua equipe. O “I” continuou no iPod, iTunes, iDisk, iPhone, iPad e agora no iCloud.
Mudando o modelo de negócio a Apple traz para as nuvens todos os seus usuários de forma gratuita, até 5GB. Desde outubro podemos armazenar fotos, fazer becape e integrar aplicativos entre nossos dispositivos. Mas você já está nas nuvens? Quando você paga alguma coisa pela internet ainda imprime o recibo e grampeia na conta? Esse é um sinal que você precisa ter as informações fisicamente ao seu lado. Há anos que não imprimo nada, sei que tudo está lá, em algum lugar distante.
Cada vez mais os gadgets estão se aglutinando, PDA, celular, joguinho eletrônico, walkman, GPS, modem 3G, câmera fotográfica e despertador estão hoje no smartphone e na tablet. Para uma criança o mundo já é assim, se você segurá-la na frente de uma TV LCD ela irá tocar a tela e olhar para você questionando o porque que nada aconteceu, “não é só tocar?” O primeiro iMac acabou com o disquete, o MacMini é um computador de mesa que não tem mais drive óptico. Agora serão os nossos dados que não ficarão mais com a gente.
O celular e a tablet não foram criados pela Apple, mas só o toque de Jobs conseguiu sofisticar a tecnologia para simplificar seu uso; tornando-a acessível a todos. Agora são as musicas que vão subir; nos EUA isso já é realidade, mas aqui ainda precisamos dar voltas e utilizar uma bandeira específica de cartão de crédito para fazer o iTunes Match funcionar… Sem falar na instabilidade da banda larga móvel: nos movemos para algum lugar com sinal em busca de conexão.
Se você deixar o iCloud tomar conta de suas músicas nos dispositivos móveis, nem sempre poderá ouvir o que deseja, pois se não tiver conexão à internet, a canção não tem como chegar ao iPhone, assim fica difícil justificar – no nosso país – os quase 50 reais cobrados pelo serviço.
O “i” veio para ficar e é sinônimo de sucesso, também não há duvidas que tudo caminha para a nuvem, mas para ela funcionar como um raio verde e amarelo, muita coisa também precisa evoluir nas comunicações de nosso pais.
Conteúdo original da Macmais #67